A Polícia Federal cumpriu, nesta segunda-feira (03/11/2025), um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Federal, no âmbito de uma investigação que apura crimes ambientais e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

A operação foi deflagrada em Foz do Iguaçu, com base em informações encaminhadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O procedimento investigatório foi instaurado após o ICMBio relatar a possível ocorrência de caça ilegal dentro do Parque Nacional do Iguaçu, uma Unidade de Conservação Federal. As informações iniciais apontam para o envolvimento de servidores da área de segurança pública, incluindo um policial penal.

De acordo com a investigação, o principal suspeito teria sido flagrado novamente por câmeras de monitoramento — conhecidas como armadilhas fotográficas — em setembro de 2025, portando uma arma longa e acompanhado de outras duas pessoas não identificadas, em uma trilha de caça dentro dos limites do Parque Nacional.

O modus operandi sob apuração indica que o investigado utilizava sua condição de agente de segurança pública e o porte de armamento para adentrar áreas de proteção integral e praticar caça ilegal, o que representa grave ameaça à fauna local, que abriga espécies em risco de extinção.

O mesmo policial penal já havia sido alvo de inquérito anterior, em 2021, por fatos semelhantes ocorridos nas proximidades da unidade de conservação. Embora a Polícia Federal tenha comprovado a materialidade do crime de caça, não houve indiciamento formal à época por se tratar de crime de menor potencial ofensivo.

A reincidência da conduta, agora dentro da área protegida, motivou o cumprimento do mandado judicial. Na ação desta segunda-feira, foram apreendidos três armas de fogo — sendo uma espingarda e duas pistolas — além de munições, materiais de caça e carne congelada de peixes. Todo o material foi encaminhado à perícia.

Redação Guia São Miguel com informações da Polícia Federal.

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