Com a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, após quase 12 anos de pontificado, a Igreja Católica entra em um momento chamado Sé Vacante — expressão em latim que significa "sede vazia".
Esse período marca a ausência de um Papa no trono de Pedro e inicia uma série de procedimentos cuidadosamente definidos pelo Direito Canônico.
Durante esse intervalo, o governo da Igreja Católica fica temporariamente nas mãos do Colégio dos Cardeais, que administra apenas os assuntos ordinários da Santa Sé. Nenhuma decisão que modifique o rumo da Igreja ou que envolva reformas profundas pode ser tomada nesse período.
A autoridade maior neste momento é assumida pelo Cardeal Camerlengo, função atualmente ocupada cardeal irlandês Kevin Joseph Farrell. Ele é responsável por verificar oficialmente a morte do Papa, lacrar os aposentos papais, organizar o funeral e preparar a Santa Sé para a eleição do novo pontífice.
Além disso, os cardeais com menos de 80 anos são convocados a comparecer a Roma para o Conclave — o processo reservado de escolha do novo Papa.
O Conclave ocorre na Capela Sistina, no Vaticano, em absoluto sigilo. Apenas os cardeais eleitores participam, e são isolados do mundo externo até que escolham o novo Papa. A eleição exige uma maioria qualificada de dois terços dos votos.
Cada sessão de votação é seguida pela famosa "fumata", sinal emitido por uma chaminé instalada na capela: fumaça preta indica que nenhum nome foi escolhido; fumaça branca anuncia ao mundo que um novo Papa foi eleito.
Assim que um cardeal é eleito e aceita o cargo, ele escolhe seu nome papal e é apresentado aos fiéis na tradicional aparição na sacada central da Basílica de São Pedro, com a frase: "Habemus Papam!" — "Temos um Papa!"
O novo pontífice assume a liderança espiritual de mais de 1,3 bilhão de católicos no mundo e dá início a um novo capítulo na história da Igreja.
Redação Guia São Miguel.
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