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Em Foz do Iguaçu o Tribunal do Júri condenou um empresário a 18 anos e 9 meses de prisão por orquestrar o assassinato de sua companheira em 30 de dezembro de 2016.
A denúncia, apresentada pelo Ministério Público do Paraná, revelou que o crime foi planejado para que o empresário, cuja empresa enfrentava dificuldades financeiras, recebesse dois seguros de vida no valor total de R$ 1.175.000,00.
Os seguros foram contratados pelo réu sem o conhecimento da vítima, com sua assinatura falsificada nos documentos da seguradora.
Segundo as investigações, o réu sugeriu à companheira que descansassem após o almoço numa Kombi da empresa estacionada na rua. Aproveitando a oportunidade, ele deixou a mulher no veículo e chamou o executor do crime, prometendo pagamento pelo assassinato. O executor chegou rapidamente e matou a vítima com um tiro na cabeça.
O Conselho de Sentença aceitou duas qualificadoras apresentadas pelo Ministério Público: o motivo torpe e o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
A sentença judicial destacou "a barbárie" do crime, enfatizando que a execução ocorreu no interior de um veículo estacionado em via pública, nas proximidades de um bosque, em um dia chuvoso, o que dificultou a perícia.
O crime foi descrito como "cuidadosamente orquestrado pelo acusado utilizando o prévio conhecimento da rotina da ofendida, em um plano criminoso extremamente calculado e bem engendrado, demonstrando periculosidade, premeditação e audácia dignas de maior censura".
O réu não foi preso e poderá recorrer da sentença em liberdade. O suposto executor do crime não foi julgado no Tribunal do Júri.
Fonte: MPPR