Editorial - Desde o desencadear das enchentes que assolaram o estado, testemunhamos uma comovente demonstração de compaixão e altruísmo. Inúmeros donativos chegam incessantemente, e pessoas comuns, anônimas, oferecem seus barcos e seu tempo para resgatar vidas e proporcionar esperança.
Estima-se um número significativo de mortos e desabrigados, com vastas áreas do estado submersas. Contudo, em meio à devastação, emerge a figura do gaúcho, do brasileiro, estendendo a mão ao próximo. Gaúchos salvando gaúchos, brasileiros salvando brasileiros.
Neste momento crítico, é imperativo que deixemos de lado agendas políticas e a busca por visibilidade nas redes sociais. Unamo-nos em prol das vítimas das enchentes, priorizando ações concretas de ajuda e solidariedade.
A imprensa desempenha um papel vital ao fornecer informações precisas à população, enquanto o poder público deve coordenar e facilitar as operações de resgate e distribuição de recursos, sem burocracias desnecessárias ou egos inflados.
O Rio Grande do Sul enfrenta múltiplas crises simultâneas, desde a escassez de leitos hospitalares até problemas estruturais de infraestrutura. A saúde e o bem-estar da população estão em jogo, e a superação desses desafios demanda a união de todos os brasileiros.
Neste momento, não há espaço para discursos vazios ou demonstrações de poder. O que importa é a solidariedade, a empatia e a determinação em reconstruir o que as águas levaram. É hora de o povo brasileiro enfrentar essa guerra, sabendo que juntos, emergiremos mais fortes.
Claudio Albano - Jornalista 0013047/PR
Redação Guia São Miguel