A Suécia segue viva e entre as oito melhores seleções da Copa do Mundo da Rússia. Nesta terça-feira, na Arena São Petersburgo, a seleção sueca voltou a mostrar o futebol que lhe colocou como líder de seu grupo, criou as melhores chances, perdeu muitas, mas viu brilhar a estrela de Forsberg, que aos 20 minutos do segundo tempo marcou o gol da vitória por 1 a 0 sobre a Suíça, pelas oitavas de final.
Classificada, a Suécia aguarda o vencedor do duelo entre Colômbia e Inglaterra para conhecer seu adversário nas quartas de final. A partida está programada para o próximo sábado, dia 7, às 11h (de Brasília), em Samara.
Os primeiros 45 minutos tiveram momentos distintos, mas a seleção da Suécia mais eficiente dentro da sua proposta de jogo. Sem necessitar da posse da bola, que ficava com a Suíça, os suecos encontravam facilidades para realizar a transição rápida e infiltrar na defesa adversária, que sofreu mudanças em relação as últimas partidas. Ainda assim, as chances acabaram não sendo transferidas em finalizações.
Aos poucos, os comandados de Vladimir Petkovic pareciam ter se encontrado no duelo e tinham a bola, mas sem efetividade no último terço do campo. Quem aproveitou isso foi justamente a Suécia, que usou dos erros para criar suas melhores chances. Na principal delas, Ekdal teve muito tempo para escolher o que fazer e, mesmo assim, isolou o chute.
O segundo tempo seguiu o mesmo cenário do primeiro, com a Suíça encontrando amplas dificuldades de infiltrar no forte sistema defensivo adversário e a Suécia se aproveitando dos erros e da transição rápida para chegar a meta de Sommer. Depois de tantas chances perdidas na primeira metade, coube ao camisa 10, “craque” do time, chamar a responsabilidade e resolver. Aos 20 minutos, Forsberg fez tudo sozinho, arriscou de fora da área e o chute encontro o pé do zagueiro suíço Arkanji, morrendo a bola no fundo da rede e dando a vitória para Suécia.
O JOGO
Início movimentado com Suécia mais incisiva no ataque
Quem esperava um jogo de duas seleções com propostas defensivas e o ataque deixando em segundo plano acabou vendo um cenário completamente diferente logo nos primeiros minutos de jogo. Apesar de suas duas consistentes linhas de quatro, a Suécia encontrava facilidade para chegar na área da Suíça, tanto que criou duas boas chances nos primeiros minutos.
Já que não encontravam espaços para infiltrar no sistema adversário, os suíços tinham como alternativa os arremates de longa distância, mas sem muita precisão. Enquanto isso, a Suécia, aos sete minutos, esteve perto de marcar, não fosse a falta de pontaria de Berg, responsável por arrematar uma grande jogada coletiva, mas isolou. Na sequência, Ekdal soltou tentou de fora da área e a bola passou rente a trave.
Times sem objetividade e goleiros meros espectadores
Depois de um início até empolgante, apesar das poucas chances, a partida, a partir de seus 15 minutos, entrou em um aspecto que deixou a desejar aos espectadores. Com a bola, a Suíça não encontrava espaços nem pelo lado e muito menos pelo meio do campo. “Cabeça pensante” do setor suíço, Xhaka não conseguia se sobressair diante da marcação sueca e, quando tinha a bola, arriscava de fora da área, porém, sem precisão.
Reta final de encher os olhos pela chances, não pelas conclusões
A partida voltou a ficar franca nos últimos 15 minutos da primeira etapa. Pelo lado esquerdo, a Suíça conseguiu uma boa jogada aos 38. Dzemaili tabelou bonito com Zuber e recebeu de frente para o gol. Entretanto, o chute saiu por cima da meta defendida por Olsen. A resposta sueca veio no minuto seguinte, em cobrança de falta de Forsbeg, que desviou na barreira e por pouco não surpreendeu Sommer.
Ainda deu tempo da oportunidade mais clara do lado da Suécia. Aos 41 minutos do primeiro tempo, Lustig conseguiu chegar a linha de fundo e descolou um ótimo cruzamento que caiu no pé de Ekdal. O meia teve tempo de ajeitar o corpo e escolher entre o chute ou cabeceio. Decidiu pelo pé e, livre de marcação, isolou completamente a bola, desperdiçando uma grande chance.
Segunda etapa com Suécia “letal” para abrir o placar
A segunda etapa seguiu o mesmo cenário dos primeiros 45 minutos, com a Suécia equilibrada e “sabendo sofrer” para manter o placar em igualdade. Na transição rápida, entretanto, criava muito perigo para a Suíça. De tanto assustar e pecar na precisão, coube ao “craque” do time, Forsberg, abrir o placar.
Aos 20 minutos, o meia decidiu tomar para si a responsabilidade e fazer tudo sozinho. Com liberdade, carregou a bola do lado esquerdo para o meio e arriscou de fora da área sem muita força. O arremate que se encaminhava para uma defesa fácil de Sommer, porém, encontrou o pé de Akanji no meio do caminho. O desvio foi “letal” e Forsberg abriu o o placar em São Patersburgo para Suécia.
Vantagem da Suécia e “ferrolho” para garantir a classificação
O tão esperado “ferrolho” sueco apareceu apenas depois de adquirida a vantagem no placar. Com todos os jogadores do adversário ajudando na recomposição defensiva, a Suíça tentou algumas vezes, muitas dessas por meio da bola aérea, mas não conseguiu de maneira alguma furar o bloqueio dirigido pelo treinador Janne Andersson.
No último lance da partida, a Suécia ainda teve tempo de um contra-ataque para consagrar a classificação, mas Lang derrubou Olsson e o árbitro assinalou, inicialmente, o pênalti. Sob a revisão do VAR, foi marcada a falta, que Tiovonen cobrou nas mãos de Sommer.
FICHA TÉCNICA
SUÉCIA 1 X 0 SUÍÇA
Local: Estádio Krestovsky, em São Petersburgo (Rússia)
Data: 3 de julho de 2018 (Terça-feira)
Horário: 11h(de Brasília)
Árbitro: Damir Skomina (Eslovênia)
Assistentes: Jure Praprotnik (Eslovênia) e Robert Vukan (Eslovênia)
GOL: Forsberg (Suécia), aos 20 minutos 2T
Cartão vermelho:
Suíça: Lang
Cartões amarelos:
Suécia: Lustig
Suíça: Behrami, Xhaka
SUÉCIA: Robin Olsen, Mikael Lustig (Krafht), Victor Lindelof, Andreas Granqvist e Ludwig Augustinsson; Viktor Claesson, Gustav Svensson, Albin Ekdal e Emil Forsberg (Olsson); Marcus Berg e Ola Toivonen
Técnico: Janne Andersson
SUÍÇA: Yann Sommer, Michael Lang, Johan Djourou, Manuel Akanji e Ricardo Rodríguez; Valon Behrami, Granit Xhaka, Xherdan Shaqiri, Blerim Dzemaili (Seferovic) e Steven Zuber (Embolo); Josip Drmic
Técnico: Vladimir Petkovic
Fonte: Gazeta Esportiva