Os advogados de Gustavo Scarpa quebraram o silêncio nesta segunda-feira. Por meio da assessoria de imprensa do atleta (que não está relacionada ao imbróglio jurídico com o Fluminense), os defensores do meia emitiram uma nota oficial reafirmando a confiança em vencer o caso e apontando o clube carioca como intransigente.
Veja abaixo:
Tendo em vista as diversas notícias que foram veiculadas recentemente e que ganharam força na semana que antecedeu a audiência realizada no dia 16 de abril de 2018, informamos que, em momento algum, o atleta Gustavo Scarpa recusou qualquer tipo de comunicação com o Fluminense Football Club.
A verdade é que o Fluminense, que apenas tem objetivos financeiros no assunto – mas nenhum interesse esportivo, vem se mostrando intransigente e obrigatoriamente quer impor e envolver um terceiro que não é parte no processo, fato esse que independe da vontade do atleta.
Por fim, cumpre-nos salientar que seguimos confiantes em um desfecho favorável ao atleta mediante a pura e simples aplicação da lei.
Dr. Bruno Tocantins e equipe.
Na última terça-feira, a Gazeta Esportiva publicou que a manifestação do MPT (Ministério Público do Trabalho) a favor de Scarpa no caso aumentou a confiança de seu estafe em sair vencedor na batalha jurídica.
No entender dos empresários do jogador, será “estranho” se a juíza Dalva Macedo, da 70ª vara do trabalho, seguir com parecer contrário a Scarpa, uma vez que não haverá embasamento ou argumentação judicial. Os agentes entendem que o posicionamento do MPT tem grande peso judicial em futuras decisões.
O mandado que liberava o meia para assinar com o Palestra foi derrubado no dia 15 de março em um julgamento no TRT após um pedido de liminar do Fluminense. Em recurso de 1ª instância, a juíza Dalva Macedo, da 70ª vara do trabalho, deu um prazo de 10 dias úteis para as partes apresentarem as razões finais sobre o caso. Quando receber e analisar as manifestações, a magistrada dará a decisão final.
De qualquer maneira, caberá recurso à parte derrotada. O caso pode até mesmo ir parar em Brasília, no TST (Tribunal Superior do Trabalho). O Palmeiras segue fora do processo jurídico e vê um acordo com o Fluminense apenas como última opção no caso.
O Tricolor afirma “brigar pelos seus direitos”, mas não quer ter o jogador de volta. Na prática, o clube das Laranjeiras se interessa em uma possível compensação, que pode ser financeira ou de atletas.
No final de 2017, Gustavo Scarpa entrou na Justiça contra o Fluminense por conta de R$ 9 milhões devidos pelo clube ao jogador, entre salários, direitos de imagem e outras pendências. Em janeiro, o meia conseguiu a rescisão contratual na Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro e assinou com o Palestra por cinco temporadas.
O novo capítulo no imbróglio jurídico aconteceu justamente no melhor momento de Scarpa no Palmeiras. Após uma longa pré-temporada, o camisa 14 marcou seus primeiros gols pelo clube pouco antes de a rescisão ser publicada pelo BID (Boletim Informativo Diário) da CBF.
Fonte: Gazeta Esportiva