A campanha do Cruzeiro na Libertadores até o momento não é boa: apenas dois pontos em nove disputados. A vitória na noite desta quinta-feira, contra a Universidad de Chile, em Santiago, era fundamental, mas o zero insistiu em ficar no placar e complicar a vida celeste.
O Cruzeiro fica na terceira colocação do grupo 5, com dois pontos conquistados. O líder isolado é o Racing, com sete pontos, e a La U está na vice-liderança, com cinco tentos.
A Raposa enfrenta a La U na próxima semana, no Mineirão, pela 4ª rodada e precisará melhorar muito sua campanha para conseguir sonhar em uma classificação sem riscos.
Mano Menezes fez alterações em sua equipe, mas não tiveram efeito (Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro)
Primeiro tempo
A etapa inicial se mostrou bastante pragmática, sobretudo, analisando a necessidade do clube brasileiro. Ao Cruzeiro, com apenas um ponto anotado até este momento, apenas a vitória interessava. O empate ou derrota eram resultados ruins, que atrapalhariam as possibilidades no futebol.
No entanto, diante de seus homens de frente no departamento médico, o técnico Mano Menezes precisou optar por uma escalação sem atacantes. O falso 9 seria utilizado no jogo, mas não era possível perceber exatamente como funcionaria.
Após a bola rolar foi possível entender que a escalação com três volantes seria para Mancuello ficar mais livre como terceiro homem de meio campo, responsável por ligar a defesa ao ataque e Thiago Neves mais Arrascaeta como os atacantes. Desta forma, mesmo sem um atacante de ofício, a formação foi o 4-4-2, com suas variações.
O Cruzeiro encontrou bastante dificuldades no meio campo. A equipe não conseguia triangular e achar boas jogadas. Com isso, apenas uma chance clara foi conquistada na etapa inicial, com um chute de fora da área do volante Lucas Silva. No entanto, o Universidad de Chile também tinha problemas para agredir a Raposa e também não criou tanto, mas, também, uma chance.
O destaque negativo do clube mineiro no primeiro tempo foi o meia Thiago Neves. Tudo que tentou errou.
Segundo tempo
O Cruzeiro voltou do intervalo com outra postura. No entanto, a escalação era a mesma. Era claro que o técnico Mano Menezes precisava de alterações no comando de frente para conseguir outros resultados.
O jogo ficava bastante travado no meio campo. O reflexo exato do que foi o primeiro tempo. O jogo com muita postura física e pouca técnica, sem grandes chances.
Após os 20 minutos o Cruzeiro conseguiu ficar mais intenso. O time azul chegou em duas oportunidades com muito perigo, uma com Rafinha e outra com Arrascaeta. A bola do uruguaio chegou a pegar no pé da trave.
O técnico Mano Menezes fez alterações na equipe. Mandou Cabral, Robinho e Sassá para o campo, em busca de seguir com intensidade.
No caso do ataque, a expectativa era aproveitar as chances dadas pela La U, que não se comportava bem defensivamente e, por buscar muito o ataque, sofria nos contra-ataques.
Aos 41 a Raposa quase conseguiu o primeiro gol. Em uma chegada muito rápida, Sassá deixa para Robinho e o meia coloca Thiago Neves em boas condições. A finalização tirou tinta da trave.
FICHA TÉCNICA
UNIVERSIDAD DE CHILE X CRUZEIRO
Local: Estádio Nacional Júlio Martínez, Santiago
Data: 19 de abril de 2018 (Quinta-feira)
Horário: 21h30 (de Brasília)
Árbitro: Victor Carrillo (Peru)
Cartões: Lucas Silva, Dedé (Cruzeiro); Reyes, Vilches (La U)
UNIVERSIDAD DE CHILE – Herrera; Vilchez, Echeverría, Contreras (Guerra), Matías Rodríguez (Schultz), Reyes, Pizarro, Monzón, Araos, Soteldo, Pinilla.
Técnico: Guillermo Hoyos
CRUZEIRO: Fábio; Edílson, Dedé, Léo e Egídio; Henrique, Lucas Silva (Ariel Cabral), Mancuello (Robinho), Rafinha e Thiago Neves; Arrascaeta (Sassá).
Técnico: Mano Menezes
Fonte: Gazeta Esportiva