O atacante Helinho, do time sub-20 do São Paulo, foi alvo de injúrias raciais durante o duelo com o Nacional-URU, na tarde desta quarta-feira, no Estádio Centenário, em Montevidéu, pela semifinal da Copa Libertadores da categoria. Enquanto o garoto de 17 anos caminhava para cobrar um escanteio, aos 20 minutos do primeiro tempo, um torcedor o chamou de “macaco” duas vezes.
A informação foi publicada pelo Globoesporte.com e confirmada pela Gazeta Esportiva. Em comunicado oficial, o São Paulo diz repudiar o “inadmissível episódio de injúria racial sofrido pelo atleta Hélio Júnio Nunes de Castro” e se compromete a “providenciar o apoio necessário ao atleta e afirma que buscará as medidas judiciais cabíveis”.
Procurado pela reportagem, o Tricolor não detalhou quais serão as “medidas judiciais cabíveis” a serem tomadas nem afirmou se solicitará imagens de televisão para identificar o torcedor que proferiu os insultos raciais contra Helinho, que estava no grupo vice-campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior, em janeiro.
Treinado por André Jardine, o time sub-20 do São Paulo buscava o bicampeonato da competição, que é disputada de modo bianual. Diante do Nacional, contudo, a equipe tricolor perdeu por 3 a 0 durante a tarde desta quarta-feira. O ex-zagueiro Diego Lugano, superintendente de relações institucionais do clube, acompanha a delegação desde a semana passada.
Esta não é a primeira vez que torcedores do Nacional se envolvem em atos contra brasileiros em 2018. No dia 1º de fevereiro, deles fizeram gestos para imitar um avião caindo durante partida contra a Chapecoense, pela segunda fase da Copa Libertadores. Flagrados por câmeras de televisão, ambos foram expulsos do quadro social do clube, que se desculpou pela ofensa.
Abaixo, veja a nota oficial do São Paulo sobre o insulto racial contra Helinho:
O São Paulo Futebol Clube repudia o inadmissível episódio de injúria racial sofrido pelo atleta Hélio Júnio Nunes de Castro, o Helinho, 17, na partida desta quarta-feira (21), em Montevidéu, no Uruguai, válida pela Copa Libertadores da América Sub-20.
O clube se solidariza com o jogador e com todos que, em 2018, ainda são vítimas desse pensamento criminoso, e reitera que recusa o racismo em todas as suas formas de manifestação. O São Paulo se compromete a providenciar o apoio necessário ao atleta e afirma que buscará as medidas judiciais cabíveis.
Fonte: Gazeta Esportiva