Nesta quinta-feira, o Superior Tribunal Justiça aceitou o pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman. A liminar foi analisada pela Sexta Turma do STJ que decidiu por unanimidade pela soltura do dirigente, que está preso desde 5 de outubro na Zona Norte do Rio de Janeiro.
De acordo com STJ, o colegiado envolvido no caso considerou a prisão desproporcional em relação ao que foi denunciado pelo Ministério Público. Assim, o órgão decidiu substituir a detenção por medidas cautelares. Entre elas, Nuzman deverá entregar o passaporte e não poderá deixar o Rio, a não ser se for previamente autorizado, além de não poder manter contato com nenhum outro investigado no processo.
Ainda não há informações de quando Nuzman deixará a cadeia.
Além de Nuzman, também são suspeitos de envolvimento nos crimes Leonardo Gryner, ex-diretor do COB, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, preso desde novembro, e o empresário Arthur Soares, o “Rei Arthur”. Todos foram denunciados nesta terça-feira junto com os senegaleses Papa Massata Diack e Lamine Diack.
O caso
Ex-presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman teve a prisão preventiva decretada por supostamente intermediar o pagamento de propinas para que o Rio fosse escolhido sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Foi denunciado por corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisa. No dia 5 de outubro, ele foi preso em uma das fases da operação “Unfair Play”.
De acordo com a denúncia, Cabral, Nuzman e Gryner solicitaram a Arthur o pagamento de US$ 2 milhões para Papa Diack garantir votos para o Rio de Janeiro na eleição da cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016, o que configura corrupção passiva.
Fonte: Gazeta Esportiva