A Federação Brasileira dos Treinadores de Futebol (FBTF) realizou reunião nesta segunda-feira na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e levantou alguns pontos que visam “a melhoria do futebol”. A principal proposta da Federação é que os times das Série A e B do Campeonato Brasileiro não possam realizar mais de duas trocas de treinadores durante as competições nacionais.
“Um técnico pode ser demitido, mas para colocar outro técnico no lugar deve cumprir com os compromissos em contrato. Mas também não poderia ter o terceiro (técnico) em uma competição”, explanou Luxemburgo. “(Queremos) Que a CBF nos dê esse amparo criando uma normativa de proteção para que técnicos possam trabalhar sabendo que não vão ser mandados embora logo em seguida”, completou.
A proposta também vale para os treinadores de futebol. Caso o comandante deixe sua equipe, só poderia trabalhar em mais um clube durante a competição. “Nós também não podemos trabalhar por conta própria em três ou quatro clubes. Temos que ter ética e respeitar esse compromisso”, ressaltou.
A mesa contou com Zico, Falcão, Carlos Alberto Parreira, Alfredo Sampaio, Tite, Zé Mário, Vágner Mancini e Vanderlei Luxemburgo. Após a reunião, parte do grupo seguiu para uma conversa interna com representantes da CBF, enquanto outros representantes conversaram com a imprensa.
Vágner Mancini, um dos representantes da FBTF, também levantou outro tema importante abordado na reunião. Foi proposto que, a partir de 2018, todos os treinadores de futebol brasileiros tenham contrato assinado e que um clube não poderá contratar outro treinador antes de quitar as dívidas com o antigo funcionário. Enquanto a equipe não resolver as pendências com o técnico demitido, a solução seria a utilização de um profissional da base com contrato válido.
“O fundamental é que todos tenham contrato assinado, que sejam registrados. Um clube quando demitir o treinador, o que lhe é de direito, respeite o contrato. E que ele não possa contratar outro técnico antes que quite o acerto com o demitido”, afirmou Mancini. “Esse curso que nós somos obrigados a fazer, com razão, tem que servir de licença para a gente exercer nossa função de técnico também fora do país”, ressaltou.
Atualmente, o curso fornecido pela CBF para comandantes nacionais não é válido nos principais campeonatos estrangeiros. “Nós estamos procurando uma melhoria. Nós competimos muito, mas temos que ter a noção exata do que é o melhor para o futebol. E o melhor para o futebol é parar com essa troca, com essa reciclagem constante. Tem que parar”, finalizou Tite, técnico da Seleção Brasileira.
Fonte: Gazeta Esportiva