A Mancha Alviverde, principal torcida organizada do Palmeiras, pede a saída do gerente executivo Alexandre Mattos, pede que o presidente Mauricio Galiotte comande “como homem”, e questiona o trabalho e a intenção de Cuca permanecer no Verdão.
Em manifesto publicado na página oficial do Facebook da entidade nesta segunda-feira, a Mancha lembra as “três vergonhas” pelas quais o Palmeiras passou na temporada – eliminação com goleada para a Ponte Preta no Campeonato Paulista, e quedas na Copa do Brasil e Copa Libertadores. Mesmo assim, os uniformizados afirmam que seguirão comparecendo às partidas do Verdão no ano.
“Alexandre Mattos, essa sua arrogância de achar que é dono do Palmeiras, lembre-se que você é um funcionário e muito bem pago (se tiver comissão, ainda mais). O seu tempo dentro do Palmeiras já passou. A sua queda era o mínimo que deveria acontecer após as contratações caras e duvidosas que você negociou, ou melhor, fez negociatas”, diz a nota da Mancha, em referência ao dirigente.
Alexandre Mattos passou a ser ainda mais questionado após a eliminação do Palmeiras na Copa Libertadores, contra o Barcelona de Guaiaquil. Os altos investimentos para a temporada e o pouco retorno é o maior motivo da análise negativa feita sobre Alexandre Mattos. No jogo decisivo contra os equatorianos, por exemplo, o Verdão precisou ter um Tchê Tchê improvisado na lateral direita, Egídio, muito criticado, na esquerda, enquanto a contratação mais cara da história do clube, Miguel Borja, ficou apenas no banco de reservas.
Os torcedores fizeram um “dossiê” sobre as contratações do Palmeiras. Constataram que Borja e Deyverson, juntos, custaram R$ 52,7 milhões. Segundo eles, seria possível contratar Everton Ribeiro, Guerrero, Thiago Neves, Pratto e Pablo gastando, ao todo, R$ 67 milhões.
“Ou seríamos mais criativos e gastaríamos no mercado europeu com nomes consagrados (não desconhecidos). Poderíamos trazer alguns desses:
Ganso (R$ 35 milhões) + Van Persie (R$ 20 milhões) + Jackson Martinez (sem custo) ou Chicharito (66 milhões) ou Pato (R$ 66 milhões)”, escreveram.
Já as críticas ao presidente Mauricio Galiotte se devem especialmente ao fato de o mandatário não aparecer tanto para o público. Na queda contra o Barcelona, porém, o dirigente concedeu explicações na zona mista da Arena alviverde. Por fim, a torcida questiona a vontade de Cuca desde o momento em que voltou ao Palmeiras até o cenário atual. Além disso, afirmam que o treinador não encontrou um padrão tático e a formação titular da equipe.
Curiosamente, a Mancha Alviverde, ignorada por Paulo Nobre, se reaproximou do clube com a vitória de Maurício Galiotte na eleição presidencial. Durante a campanha, a torcida foi à Academia de Futebol prestar apoio em diversas oportunidades.
O tom começou a mudar depois da derrota para o Corinthians, quando a ida à porta do CT foi organizada para fazer cobranças e dizer que a Libertadores era obrigação. Depois, os uniformizados foram à Academia de Futebol para realizar cobranças em outras duas oportunidades. Já no estádio, após a eliminação alviverde diante do Barcelona, Egídio foi xingado nominalmente e o time chamado de “sem vergonha”.
Fonte: Gazeta Esportiva