Atenção, senhoras e senhores: estamos oficialmente na metade de 2025! Sim, já se passaram seis meses desde aquela noite mágica de 31 de dezembro, em que pulamos sete ondas, fizemos simpatias com romã, guardamos nota de R$ 2 na carteira e juramos que este ano seria O ANO — com letras maiúsculas, negrito e glitter.
E agora, com julho batendo na porta feito boleto atrasado, é hora do nosso já tradicional balanço semestral das promessas de Ano Novo. Spoiler: ele é hilário.
Vamos começar pela promessa mais comum e mais abandonada: “vou entrar na academia”. Muita gente até entrou. Mas só entrou mesmo. Fez a matrícula, postou foto com legenda motivacional tipo “agora vai!”, comprou roupa de treino, shaker de whey, mas... o único exercício feito desde então foi correr atrás do entregador de pizza.
Teve também aquela galera que garantiu: “vou economizar dinheiro!”. Ah, sim. A meta era cortar gastos, guardar uma graninha, fazer uma reserva de emergência. Mas a realidade é que a emergência virou o preço do cafezinho, e a reserva está na gaveta junto com cupons de desconto expirados. Se economia fosse promessa fácil, os bancos estariam tremendo.
E quem prometeu ler mais livros? Essa pessoa começou bem, comprou três best-sellers, fez post no Instagram com #leitura2025, organizou a estante por cor e... nunca mais abriu um deles. A única coisa que leu nos últimos meses foi o cardápio do iFood.
Sem contar os que juraram que em 2025 seriam pessoas mais calmas, zen, pacientes, quase monges. Mas basta alguém furar a fila da padaria ou o WhatsApp travar que o ser iluminado vira o próprio Hulk com Wi-Fi.
Claro, temos também os otimistas que prometeram mudar tudo de uma vez: corpo, mente, finanças, vida amorosa, rede social, guarda-roupa e até o feed do Instagram. Resultado? Estão com o mesmo corpo, a mente mais confusa, a conta zerada, solteiros, com um moletom rasgado e postando foto de coxinha com filtro sépia.
Mas calma! Isso tudo não é motivo pra desistir. É só uma constatação de que o ser humano é um bicho lindo, porém enrolado. E a boa notícia é que ainda temos mais seis meses pela frente! Sim, dá tempo de recomeçar, mesmo que seja recomeçar a mesma promessa pela quarta vez.
Não precisa virar maratonista, nem investidor da Bolsa. Comece com algo simples: beber mais água (e não só quando está comendo batata frita), dormir mais cedo (e não só quando a série acaba por falta de episódios), e responder mensagens com menos de três dias de atraso. Já é um ótimo começo.
No fim das contas, o que importa não é ter cumprido todas as promessas, mas continuar prometendo com convicção e bom humor. Porque se tem uma coisa que o brasileiro sabe fazer bem é rir da própria desgraça... e renovar a esperança no próximo réveillon.
Vai que agora vai! (Ou pelo menos vai um pouquinho mais longe que janeiro).
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Claudio Albano / Guia São Miguel
