Na tarde de ontem (16), uma onça-parda morreu após ser atropelada em uma estrada rural que liga a comunidade Santa Rita à Linha Cacic. O animal, um jovem macho, não resistiu aos ferimentos causados pelo impacto e agonizou na beira da estrada até perder a vida.
A ocorrência foi atendida pela Polícia Ambiental, que recolheu o corpo da onça e o encaminhou ao Refúgio Biológico Bela Vista, da Itaipu Binacional, para realização de necrópsia e exames.
O caso gerou repercussão nas redes sociais e levou o Projeto Onças do Iguaçu, referência na proteção de felinos silvestres na região, a emitir uma nota de pesar e alerta. Segundo o comunicado, o impacto foi tão violento que provavelmente fraturou a coluna do animal, impossibilitando qualquer chance de socorro.
“A cada animal morto no asfalto, perdemos muito mais do que um indivíduo. Perdemos diversidade, perdemos equilíbrio ecológico. Perdemos nossas onças”, destacou o projeto, que ainda cobrou ações imediatas para prevenir novas mortes.
A nota também ressalta que atropelamentos como esse não são eventos isolados, mas reflexo direto da fragmentação de habitats causada pelas estradas que cruzam áreas de preservação. O grupo defende a instalação de redutores de velocidade, passagens de fauna, sinalização adequada e fiscalização mais rigorosa.
O atropelamento dessa onça acende um alerta sobre a convivência entre o avanço urbano e a fauna nativa. Com cada nova perda, a biodiversidade da região fica ainda mais ameaçada.
Veja a nota na íntegra:
Ela não teve chance.
Uma onça-parda foi encontrada hoje atropelada na estrada de São Miguel do Iguaçu, perto de Foz do Iguaçu. O impacto foi tão forte que ela provavelmente quebrou a coluna. Não deu para salvar. Agonizou na beira do asfalto, até que sua vida se apagou. Era um jovem macho.
A Polícia Ambiental recolheu o animal e levou para o Refúgio Biológico da Itaipu, onde será feita a necrópsia e exames. Mas nada disso vai mudar o fim da história: mais uma onça silvestre morta por uma rodovia.
Esses atropelamentos não são acidentes isolados. Eles são parte de um problema sério e urgente: as estradas cortam habitats, fragmentam o território dos animais e colocam em risco a sobrevivência de espécies que já enfrentam tantas ameaças.
A cada animal morto no asfalto, perdemos muito mais do que um indivíduo. Perdemos diversidade, perdemos equilíbrio ecológico. Perdemos nossas onças.
Precisamos de ações concretas: redutores de velocidade, sinalização eficiente, passagens de fauna, fiscalização. A fauna brasileira — e especialmente nossas onças — não pode continuar morrendo assim.
E também precisamos de direção consciente!
Não dá mais pra acelerar e seguir em frente.
Chega de atropelamentos. Chega de mortes.
Redação Guia São Miguel