Governo avalia retorno do horário de verão, mas setor aéreo alerta para necessidade de adaptação
25/09/2024 Brasil
Medida poderia reduzir o consumo de energia, mas exige ajustes no setor aéreo e ainda encontra resistência no governo

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O debate sobre o retorno do horário de verão ganhou novo impulso nesta semana, após o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendar a medida. A proposta, que visa reduzir o consumo de energia e aliviar a pressão sobre o sistema elétrico, enfrenta, no entanto, desafios e divergências de opiniões.

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a recomendação do CMSE, destacando os benefícios da medida para o sistema elétrico.

Ao adiantar os relógios em uma hora, o pico de consumo de energia seria deslocado para um período com maior geração solar, reduzindo a necessidade de acionar usinas termelétricas, que são mais caras e poluentes.

Impacto no setor aéreo

A possibilidade de retorno do horário de verão gerou preocupação no setor aéreo. Associações do setor alertam que as empresas aéreas necessitam de pelo menos 180 dias para realizar os ajustes operacionais e logísticos necessários para a adaptação ao novo horário.

A mudança abrupta poderia gerar impactos significativos para os passageiros e comprometer a conectividade do país.

Resistência no governo

Apesar da recomendação do CMSE, o ministro Silveira afirmou que ainda não está convencido da necessidade do horário de verão.

Ele destacou a tranquilidade em relação ao abastecimento de energia e defendeu a análise de outras medidas, como o adiantamento de linhas de transmissão e mudanças na operação da usina de Belo Monte.

A decisão final caberá ao presidente Lula, que terá que ponderar os aspectos técnicos e políticos da questão.

Debate em aberto

O debate sobre o retorno do horário de verão coloca em evidência a complexidade das decisões que envolvem a gestão do sistema elétrico.

Por um lado, a medida pode trazer benefícios para o sistema elétrico e para o meio ambiente. Por outro lado, exige ajustes em diversos setores da economia e pode gerar transtornos para a população.

Redação Guia São Miguel
Foto: Claudio Albano/Guia São Miguel

 
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