O incêndio em um prédio em construção, com 25 andares, na fronteira com Foz do Iguaçu, já completa 48 horas desafiando os bombeiros voluntários paraguaios.
O combate tem sido dificultado pela presença de materiais inflamáveis, como eletrodomésticos, plásticos e equipamentos de informática, além de baterias de lítio e máquinas processadoras de bitcoins.
As chamas, iniciadas no 11º andar por suspeita de curto-circuito, mantêm ruas próximas bloqueadas para garantir a segurança de quem circula pela região, evitando intoxicação e risco de desabamento.
O comandante Mendonza, bombeiro paraguaio, destaca o risco de desgaste da estrutura devido às altas temperaturas, atingindo 700 a 800 graus na zona de incêndio.
Imagens aéreas desta quarta-feira (14) revelam a intensidade do fogo, enquanto o edifício próximo à área comercial de Cidade do Leste se torna um desafio para as equipes locais.
Mesmo com o auxílio de bombeiros brasileiros, que estiveram no local na terça-feira (13), a falta de tubulações de prevenção de incêndio e a grande quantidade de fumaça complicam os esforços.
Nesta quarta-feira, equipes brasileiras não estão mais presentes, e o trabalho voluntário dos bombeiros é destacado como uma das dificuldades enfrentadas.
"O local apresenta uma série de dificuldades, pois, tratando-se de um alto edifício em obras, não há tubulações de prevenção de incêndio. Desta forma as linhas de mangueiras foram armadas pelas escadas ao longo de mais de 12 andares. Outra dificuldade, é a grande quantidade de fumaça no local", diz trecho de nota divulgado pelo 9º agrupamento sobre dificuldade no combate ao incêndio.
O comandante Mendonza solicita apoio de bombeiros de outros departamentos devido ao desgaste físico das equipes, que trabalham desde a segunda-feira (12) no combate às chamas.
Apesar do desafio, equipes e moradores continuam no local, tentando extinguir o incêndio. Até o momento, a empresa FlyTec, responsável pela construção, não se manifestou sobre o incidente.
Com informações do G1
Foto: Reprodução/RPC