Arthur Lira Eleva o Tom Contra o Governo Lula na Reabertura do Congresso
06/02/2024 Brasil
Disputa entre Executivo e Legislativo ganha intensidade com acusações de descumprimento de acordos e tensões entre Arthur Lira e Alexandre Padilha

O retorno dos trabalhos no Congresso Nacional nesta segunda-feira (05) trouxe consigo uma atmosfera de acirramento entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas), e o Governo Lula.

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O novo ano legislativo começou permeado por antigas controvérsias, com Lira elevando o tom e alegando falta de diálogo com Alexandre Padilha (PT), responsável pela articulação política do governo desde dezembro do ano passado.

Lira expressou suas insatisfações diretamente ao chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), destacando a não realização de acordos relacionados a nomeações de segundo e terceiro escalões, bem como a demora na liberação de emendas parlamentares.

Em declaração enfática, o presidente da Câmara afirmou: "Não fomos eleitos para carimbar. O orçamento da União pertence a todos e não apenas ao Executivo. Não subestime esta Mesa Diretora. Não subestime os membros deste parlamento."

Enquanto a tensão cresce, o governo Lula reforça seu apoio a Alexandre Padilha, com o presidente Lula deixando claro que o ministro permanecerá em seu cargo. Em resposta às críticas de Lira, Padilha assegurou que o governo não rompeu a relação com o Congresso Nacional.

Diante do impasse, o Executivo busca acenar ao Congresso, prometendo apresentar por projeto de lei eventuais mudanças na prorrogação da desoneração da folha para os 17 setores que mais empregam no país.

A medida provisória (MP), já enviada ao Congresso, pode ser retirada conforme a demanda dos líderes partidários nas duas casas legislativas. O governo também se compromete a avaliar a manutenção de benefícios fiscais, como o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).

Arthur Lira ressalta a importância dessas conquistas, enfatizando que não podem retroceder sem uma ampla discussão com o parlamento: "Desoneração e Perse são essenciais para milhões de empregos em um setor devastado pela pandemia." A expectativa agora é de intensas negociações e debates entre Executivo e Legislativo nos próximos dias.

Com informações da Tarobá News.
Foto: Lula Marques/Arquivo Agência Brasil

 
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