Aos 46 anos, Izabel Cristina Santos é a atleta mais experiente do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia Open. Toda a experiência de 21 anos nas areias é proporcional ao entusiasmo da atleta quando fala da modalidade que escolheu para fazer parte da sua vida. Izabel entra em quadra nesta quinta-feira (18.03), no Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ), para a disputa da oitava etapa do Circuito e garante que não precisa de um motivo especial para se motivar.
“A motivação vem simplesmente do prazer de ainda estar jogando. Graças a Deus, estou com essa idade sem ter nenhuma lesão grave, nunca precisei fazer cirurgia, então fico muito feliz. Se hoje ainda estou jogando é por causa disso. Eu gosto muito de estar aqui. Como eu ainda estou tendo a oportunidade de jogar e ter bons resultados, sigo em frente”, disse Izabel, que é de Santa Isabel (PA).
A atleta, porém, já planeja uma aposentadoria pelo menos da parte de dentro das quadras. Depois de tanto aprendizado e experiências importantes graças ao vôlei de praia, Izabel quer retribuir.
“Futuramente, estarei só na torcida. Quero fazer outras coisas que, inclusive, já comecei. Sou formada em Educação Física, trabalho com iniciação de voleibol, e quero começar a fazer ainda mais esse trabalho com crianças, terceira idade e, para isso, preciso me aperfeiçoar em algumas coisas e, consequentemente, preciso de tempo”, explicou Izabel.
Para o vôlei brasileiro, dentro ou fora das quadras, Izabel só tem a acrescentar. “Tenho vontade de trabalhar principalmente para futuros jogadores. Essa parte de iniciação me agrada muito e é o que eu penso em fazer. Quero ensinar, formar atletas para outros treinadores colocarem para jogar”, comentou a atleta do vôlei de praia.
Izabel fala com muito carinho sobre tudo que já viveu e ainda vive no esporte. Os títulos, as medalhas são importantes, mas a atleta fala que o ambiente é muito valorizado. Atualmente convivendo com uma turma bem mais jovem, Izabel demonstra a gratidão a tudo que aprendeu desde o início da carreira.
“A nossa geração tinha muita amizade e pouca individualidade. Nós éramos muito amigos e ainda somos entre os que seguem jogando. Sempre nos ajudamos muito e isso aqui é uma família. Aprendi muita coisa no vôlei de praia”, concluiu Izabel.
CBV