O atual Comitê de Gestão do Santos quer que o Conselho Deliberativo abra uma sindicância sobre um acordo feito pelo ex-presidente Modesto Roma com a Doyen Sports. Na visão do Peixe, as cláusulas são nocivas ao clube.
No acerto de Modesto com a empresa maltesa, ficou prevista uma representação exclusiva em negócios na Europa com 4% sobre o total de qualquer transferência, além de 8% no caso de intermediação. A diretoria presidida por José Carlos Peres espera que o ex-presidente e o vice César Conforti expliquem melhor as motivações da decisão.
O alvinegro teve acesso recente ao acordo e promete ir até o fim para impugnar a cláusula dos 4%. O departamento jurídico entende que a cobrança é indevida e ilegal diante do regulamento da FIFA, assim como o empréstimo com juros feito junto ao agente Giuliano Bertolucci.
No caso da venda de Rodrygo, por exemplo, o Santos negociou por 40 milhões de euros (R$ 173 milhões) limpos, mas perderia € 2,1 milhões da transação (R$ 9,3 mil), sem qualquer ajuda da Doyen nas tratativas.
O negócio para o fim do imbróglio com a Doyen foi fechado por 23 milhões de euros (R$ 88 mi), e 13 milhões de euros (R$ 50 mi) já foram pagos. As duas parcelas restantes são de 5 milhões de euros (R$ 21,6 mi) cada com vencimento em setembro de 2018 e setembro de 2019.
A Doyen passou a investir no Santos em 2013, com a compra de Leandro Damião junto ao Internacional por 12 milhões de euros. A quantia não foi paga no tempo correto e acabou acrescida de juros. Antes do acordo, ainda havia imbróglio pela compra de direitos econômicos de Gabigol, Geuvânio e Daniel Guedes no fim da gestão de Odílio Rodrigues.
Fonte: Gazeta Esportiva