A Seleção Brasileira esteve muito perto de somar mais um resultado frustrante em sua 21ª participação em Copas do Mundo nesta sexta-feira. O novo desfecho amargo só não aconteceu graças a Philippe Coutinho, que já nos acréscimos apareceu na área para ficar com a sobra do domínio de Gabriel Jesus e bater à queima-roupa, abrindo o placar para o Brasil. Antes do apito final, aos 51, Neymar completou o passe de Douglas Costa para fazer 2 a 0 e fechar os trabalhos no Estádio Krestovsky.
Novamente a Seleção Brasileira foi alvo de polêmica com o árbitro de vídeo. Aos 32 minutos do segundo tempo, o holandês Bjorn Kuipers assinalou pênalti para o time do técnico Tite, contudo, ao rever o vídeo do lance à beira do gramado, voltou atrás e cancelou a penalidade, o que levou os jogadores à loucura.
Embora tenha pressionado os costarriquenhos durante os 90 minutos, a Seleção Brasileira mostrou pouco poder criativo e sofreu para infiltrar na defesa adversária. Agora, o time canarinho decide a primeira colocação do Grupo E contra a Sérvia, na próxima quarta-feira, em Moscou. A já eliminada Costa Rica, por sua vez, pega a Suíça, no mesmo dia e horário, em Nizhny Novgorod.
O jogo – O início do jogo foi de imposição da Seleção Brasileira. Mais equilibrado, o time do técnico Tite procurou rodar mais a bola em comparação à partida de estreia, em que optou por construir as jogadas exclusivamente pelo lado esquerdo. Desta maneira, Fagner, substituto de Danilo, foi mais ativo e até contribuiu no setor ofensivo, pressionando a saída de bola rival para recuperá-la mais próximo do gol adversário.
E foi exatamente pressionando os defensores costarriquenhos que o Brasil chegou com perigo pela primeira vez na partida, aos dois minutos. Philippe Coutinho ficou com a sobra após o abafa de Fagner e bateu colocado, muito forte, mandando por cima do gol. A Costa Rica, por sua vez, respondeu aos seis minutos com a jogada mais perigosa da etapa inicial. Borges chegou batendo de trás após passe vindo do lado direito e mandou rente à trave direita de Alisson, livre da marcação.
Daí em diante a seleção costarriquenha se fechou e conseguiu neutralizar o Brasil, que não conseguia encontrar espaços para infiltrar diante da linha de cinco defensores rival. Somente aos 25 minutos os comandados do técnico Tite assustaram de novo, desta vez com Gabriel Jesus, que apareceu no meio da trajetória do chute de Marcelo para dominar a bola dentro da área e estufar as redes em posição irregular, que foi sinalizada pelo assistente.
O gol invalidado, no entanto, parece ter feito o Brasil retomar sua confiança. Novamente tentando surpreender Keylor Navas, seu companheiro de Real Madrid, Marcelo arriscou um novo arremate de média distância aos 28 minutos, mandando muito perto da trave esquerda do goleiro adversário. Não satisfeito, o lateral-esquerdo ainda tentou a mesma jogada aos 40, mas desta vez o goleiro adversário voou no canto esquerdo para ficar com a bola.
Segundo tempo
Na etapa complementar a Seleção Brasileira voltou a campo com Douglas Costa na vaga de Willian, e o time pareceu ter melhorado com a alteração. Logo aos quatro minutos, Gabriel Jesus carimbou o travessão após cruzamento pela direita. Paulinho ficou com o rebote e tocou para trás para Coutinho, que, por sua vez, chegou batendo de primeira e viu a bola desviar milagrosamente na canela do adversário quando Navas já não tinha qualquer chance de defesa.
Já aos dez minutos foi a vez de Neymar aparecer no meio da área para completar de primeira o cruzamento à meia altura de Paulinho. Keylor Navas, no entanto, estava bem posicionado para fazer a defesa e mostrar bom reflexo. Pouco depois, Douglas Costa levou pela linha de fundo na direita e tocou para trás para Philippe Coutinho. O camisa 11 novamente chegou batendo, mas não conseguiu tirar a bola do alcance do goleiro costarriquenho, que seguiu mantendo a igualdade no placar.
Sem conseguir balançar as redes, Tite recorreu a Firmino, que entrou na vaga de Paulinho, novamente apagado e sem explorar sua principal característica, que é aparecer como “elemento surpresa” na área rival. Cada vez mais ofensivo, o Brasil seguiu em busca do gol da vitória. Aos 26 minutos, Neymar saiu livre na entrada da área, mas, ao invés de carregar a bola mais à frente, optou por bater de média distância, no ângulo, mas mandou para fora.
Aos 32 minutos, a ameaça brasileira, poderia, enfim, ser revertida em gol, já que o árbitro Bjorn Kuipers marcou pênalti em Neymar, teoricamente impedido de bater dentro da área por González. Na revisão do vídeo à beira do campo, porém, o holandês voltou atrás em sua decisão e cancelou a penalidade.
Daí em diante o Brasil foi para cima da Costa Rica mais na base da emoção do que qualquer outra coisa. Apostando na agilidade de Douglas Costa, o time canarinho explorou bastante a ala direita, mas foi na esquerda onde a jogada do primeiro gol verde e amarelo se iniciou. Gabriel Jesus tentou dominar o cruzamento dentro da área e, na sobra, já nos acréscimos, Philippe Coutinho apareceu de surpresa para bater seco, sem qualquer chance para Keylor Navas. Aos 51, ainda deu tempo de Neymar completar o passe de Douglas Costa e fechar os trabalhos em São Petersburgo.
Confira o boletim do jogo:
FICHA TÉCNICA
BRASIL 2 X 0 COSTA RICA
Local:Estádio Krestovsky, em São Petersburgo (RUS)
Data: 22 de junho de 2018
Horário: 9h (de Brasília)
Árbitro: Bjron Kuipers (HOL)
Assistentes:Sander Van Roekel (HOL) e Erwin Zeinstra (HOL)
Público: 64.468 pessoas
Cartões amarelos: Philippe Coutinho e Neymar (Brasil); Acosta (Costa Rica)
Gols: Philippe Coutinho, aos 46 minutos do 2ºT, e Neymar, aos 51 minutos do 2ºT (Brasil)
BRASIL: Alisson; Fagner, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro; Willian (Douglas Costa), Paulinho (Firmino), Coutinho e Neymar; Gabriel Jesus (Fernandinho)
Técnico: Tite
COSTA RICA: Keylor Navas; Gamboa (Calvo), González, Acosta, Duarte e Oviedo; Venegas, Guzmán (Tejeda), Borges e Bryan Ruiz; Ureña (Bolaños)
Técnico: Óscar Ramírez
Fonte: Gazeta Esportiva