Conselheiros preparam dois pedidos de impeachment no Santos
07/06/2018 Brasileirão Série A

O Santos terá dois novos pedidos de impeachment ao presidente José Carlos Peres nos próximos dias. Os documentos estão prontos e aguardam por assinaturas de conselheiros para serem entregues ao presidente do órgão, Marcelo Teixeira.

Alexandre Santos e Silva, conselheiro eleito pela chapa do ex-presidente Modesto Roma, faz nova tentativa. Em abril, o documento foi protocolado e indeferido. Dessa vez, o pedido tem 20 páginas e se tbaseia em diversos fatores, como a ligação de Peres com o gerente das categorias de base afastado, Lica, negociação com empresas ligadas ao presidente no passado, supostas irregularidades e déficit apontados no parecer do Conselho Fiscal e danos à imagem do clube, como a entrevista onde classifica a Vila Belmiro como “puxadinho”.

O segundo pedido é liderado por Esmeraldo Soares Tarquinio de Campos Neto, conselheiro nato e ex-presidente do Conselho do Santos. O documento tem 150 páginas e promete recolher mais de 100 assinaturas. A base da solicitação vem do item D do artigo 68 do Estatuto Social: “ter ele (presidente) infringido por ação ou omissão, expressa ordem estatutária”.

A expectativa é da entrega dos pedidos a Marcelo Teixeira ainda nessa semana. Na noite desta quinta-feira, na Vila Belmiro, haverá a reunião do Conselho Deliberativo. O encontro promete ser quente e contará com a presença de Peres e do vice-presidente Orlando Rollo, que cogita se licenciar.

Em entrevista à ESPN nesta quarta-feira, José Carlos Peres disse que não teme o impeachment. O mandatário promete respostas mais robustas na reunião do Conselho.

“Essa questão do impeachment virou moda. As pessoas têm de ver que eu trabalho, a corrupção agora é zero. Mesmo assim, a oposição não para de procurar motivos para impeachment. Quem é santista tem de ajudar. O santista verdadeiro não quer tumultuar, arregaça as mangas e vem ajudar. Mas vê se querem ajudar? Não temo nada porque não fiz nada errado, o Santos teve evolução, as dívidas estão sendo pagas. O futebol brasileiro está infestado dessas questões políticas, todos os presidentes sofrem”, explicou.

Durante viagem à Inglaterra para chefiar a delegação da seleção brasileira, o presidente perdeu aliados na diretoria e precisa recuperar o tempo perdido para continuar à frente do Santos.

Fonte: Gazeta Esportiva

 
MAIS NOTÍCIAS
    PARCEIROS