A Prova Ciclística Internacional 9 de Julho se aproxima no calendário e algumas dúvidas começam a surgir na cabeça dos participantes. Uma das mais pertinentes é a escolha do pneu.
No ciclismo de estrada, caso da competição paulista disputada pelas ruas de São Paulo, dois modelos são os mais utilizados: o tubular e o clincher. Para além dessa divisão, o segundo modelo apresenta três tipos diferentes. Caetano Barreira, dono da Velodrome Bikeshop, em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, explica que a principal qualidade de um modelo tubular é a segurança e o desempenho.
“O modelo tubular de fato é um tubo, que vem encaixado e colado no aro, específico para esse tipo. Esse pneu é o mais usado por ciclistas profissionais. Primeiro porque faz um círculo quase que perfeito quando o pneu está cheio. Depois, por uma questão de segurança. Quando o pneu está colado, se furar, simplesmente vai ficar flat (achatado), mas não sai do aro. Isso traz um maior resguardo para o atleta, principalmente quando está em um pelotão. Se o pneu saísse da roda, ele acabaria travando a roda e causaria um grande acidente. O tubular é muito utilizado por uma questão de segurança e desempenho”, afirma o ciclista e dono da loja.
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Já o modelo clincher é mais comum comparado ao tubular, porém é menos seguro, já que se furar durante o trajeto, ele se solta do aro e pode causar um acidente.
“O pneu mais comum para o público é o clincher. Ele está simplesmente encaixado no aro com uma câmara de ar. A própria pressão da câmara, quando está encaixada, faz as paredes do pneu se pressionarem contra as paredes do aro, travando o pneu. Ele é mais perigoso em um pelotão do que um tubular, pois pode se soltar”, continua Barreira.
O tipo de pneu clincher tem três variações possíveis: o de klevar, o de tubeless e o com arame. Caetano Barreira explica os prós e contras de cada modelo para a bicicleta.
“O klevar são dobráveis e mais leves, normalmente usados em competição. O modelo com arame não pode ser dobrado e é o mais econômico, mas dificilmente será visto em competições de estrada. Uma novidade é o pneu clincher sem o uso de câmara. O modelo usa uma válvula e um líquido selante. Em caso de furo, o líquido sela o pneu. O interessante é que não somente ele vai te deixar parar menos vezes em um treino, uma prova, mas ele vai te gerar muito mais conforto”, destaca o dono da Velodrome Bikeshop.
Para concluir, Caetano dá suas sugestões para quem vai competir. “Recomendaria o clincher de klevar para quem for aspirante. Para quem está em um nível maior, o modelo pode variar conforme o investimento que ele quer fazer. O clincher de tubeless é mais viável, porém o tubular também é uma opção. Contudo, o modelo tubular é cada vez menos frequente”, finaliza.
Fonte: Gazeta Esportiva