Após toda a repercussão do gol feito com a mão, principalmente depois de elogiar a atitude do zagueiro Rodrigo Caio, do São Paulo, que o impediu de levar o terceiro cartão amarelo e ser suspenso da segunda partida da semifinal do Campeonato Paulista, há cinco meses, Jô veio a público na manhã desta terça-feira, já no hotel em Buenos Aires, para dar um ponto final à polêmica.
“Eu estou muito tranquilo. Quem me conhece sabe que eu sou uma pessoa só, não tenho duas personalidades. Eu não tinha visto a imagem, o gol, e depois chegando em casa, com mais tranquilidade, pude ver que a bola realmente tocou no braço. Mas eu quero deixar claro que em nenhum momento eu quis trapacear. Deixar claro que não tive a intenção de colocar a mão na bola, a bola tocou no braço. Realmente a gente viu, com a imagem não tem como mentir. Tocou, mas a minha intenção não era fazer qualquer tipo de coisa errada”, disse o atacante.
Aparentemente calmo, o artilheiro do Timão no Campeonato Brasileiro, com 13 gols – um a menos que Henrique Dourado, que lidera a lista -, ainda relembrou o fato de que se tornou referência para muita gente após conseguir se recuperar e dar a volta por cima no futebol para atuar em alto nível.
“Tenho sido exemplo para alguns jogadores, para algumas pessoas. Eu sou grato a tudo que o Corinthians tem feito por mim e quem realmente me conhece sabe que em nenhum momento eu queria fazer alguma sacanagem. É claro que gerou polêmica, alguns acham que eu poderia ter assumido, mas se eu tivesse a convicção, eu falaria. Não tem por que eu esconder algo. É só para realmente dar um ponto final nesta história, que gerou polêmica, normal, mas que nenhum caráter, nenhuma conduta minha fora de campo seja colocada à prova por uma simples jogada”, acrescentou.
No final, Jô disse entender perfeitamente a maior repercussão do caso por conta de ter defendido a atitude de Rodrigo Caio há cinco meses, e voltou a garantir que, pelo respaldo que tem tanto no Corinthians, como com a imprensa, assumiria o uso da mão se tivesse certeza.
“Eu entendo perfeitamente. Porque, como eu aplaudi e achei fantástica a atitude dele, talvez uma grande maioria gostaria de ver a mesma coisa agora, mas foi situação diferente. Na jogada ali eu queria fazer o gol, sou atacante, a gente passava por momento difícil na partida que a gente gostaria de ganhar os três pontos. Eu me atirei na bola, em nenhum momento fiz o movimento de jogar a mão primeiro. Claro que todos gostariam que eu chegasse e falasse: ‘Não, foi mão’, que atitude nobre do Jô. Se tivesse acontecido isso mesmo, eu falaria, porque tenho respaldo de todos. Respaldo da diretoria, da minha família, de vocês da imprensa, porque eu sempre coloquei a cara para falar”, completou.
Fonte: Gazeta Esportiva