Categoria petroleira avança rumo a greve nacional
26/05/2018 Manifestação

 

 

A categoria está em alerta desde que a ameaça de demissão ficou iminente, por conta do anúncio da privatização de quatro refinarias (duas no nordeste e duas no sul do país), além de 12 terminais Transpetro e o fechamento das Fafens. Tudo isso apenas confirma o que Sindipetro AL/SE e demais sindicatos da FNP (Federação Nacional do Petróleo) já denunciam há tempos: a entrega total da cadeia nacional de petróleo e gás, indutora da economia nacional, empregadora de centenas de milhares de trabalhadores.

O governo Temer e a gestão de Pedro Parente agora avançam para consolidar por completo o processo de privatização e desmonte da Petrobras, que vem sendo pavimentado há anos através da quebra do monopólio estatal, leilões, venda de ativos, endividamento, terceirizações, desinvestimento, demissões, corrupção e etc.

A hora da greve é agora!

Não podemos permitir essa entrega. Da mesma forma não podemos depositar nenhuma esperança na eleição de outubro. Os trabalhadores têm apenas duas alternativas: se render ou resistir.

Assembleias aprovam greve

Em Sergipe e Alagoas a categoria tem aprovado quase que por unanimidade a indicação do Sindipetro AL/SE de greve nacional contra a privatização da Petrobras, em defesa dos direitos e dos empregos, contra as reformas da previdência e trabalhista, para derrubar Temer e Pedro Parente. A parcial das assembleias até o momento é de 225 a favor da greve, um voto contra e duas abstenções.

PLR 2017

Os trabalhadores também têm decidido em assembleia pela não assinatura do termo de quitação da PLR da Petrobras. A empresa desconsidera parcelas que compõem a remuneração e propõe pagamento abaixo do acordado, especialmente ao pessoal operacional, mas também desconsiderando hora-extra, auxílio-almoço e adicional regional, por exemplo, de boa parcela do administrativo.
Entretanto, para os gerentes, inclui no cálculo a gratificação da função, extrapolando qualquer relação piso-teto considerável! O Jurídico da FNP elaborou um parecer sobre a “Metodologia para definição e pagamento de PLR no Sistema Petrobrás”, considerando que deve ser rejeitada, por não cumprir o acordo anteriormente assinado, no quesito remuneração.

Contribuição Extra

Também está sendo aprovada a cobrança de 1% do salário base como contribuição extra para a campanha em defesa da Petrobras, por dois meses. É com essa taxa que o sindicato consegue pagar as despesas extras em decorrência da campanha, como faixas, panfletos, carro de som e etc.

Unidade Nacional

A reunião nacional que ocorreu no dia 09 deste mês no Rio de Janeiro integrou os sindicatos da FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) com AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobrás), AMBEP (Associação de Mantenedores-Beneficiários da Petros) e ativistas das refinarias atacadas e de outras bases, bem como movimentos sociais como a FIST (Federação Internacionalista dos Sem-Teto) e o SOS EMPREGO do Rio de Janeiro. Durante reunião, ficou definido que a FNP e seus Sindicatos farão um grande calendário de mobilizações, com atividades até o próximo dia 25.

Infelizmente, a FUP se recusou mais uma vez a estar presente nesta articulação, mas insistiremos em construir uma pauta e um calendário unificado para a realização da greve.

A proposta para as assembleias é deliberar o Estado de Greve contra a privatização, o equacionamento e a perda de direitos (Benefício Farmácia, AMS, Plano de Carreira etc.). A deflagração do movimento deverá ser articulada nacionalmente, com indicativo para o início de junho. Estaremos a postos!

Fonte: Sindipetro

 
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