Países que mais consomem bebidas alcoólicas no mundo — e onde o Brasil se encontra
13/12/2025 Coluna Cláudio Albano
Um panorama global do consumo por adulto (15+), padrões regionais e a posição do Brasil na lista internacional.

Dados internacionais compilados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por bases como Our World in Data mostram que o consumo médio global de álcool (em litros de álcool puro por pessoa com 15 anos ou mais) gira em torno de 5–6 litros por ano, com variações marcantes por região.

A Europa apresenta os valores mais elevados por habitante; países do leste e centro-europa lideram os rankings nacionais. O Brasil registra consumo acima da média global, mas bem abaixo dos líderes europeus. datadot+1

Quem está no topo? (visão geral)

As estimativas mais recentes baseadas em séries históricas (referência 2019 — três anos médios) indicam que vários países europeus e alguns estados insulares aparecem entre os maiores consumidores per capita.

Estudos e bases de dados citam países como Romênia, Geórgia, República Tcheca, Letônia e Alemanha entre os que mais consomem álcool por adulto. Essas posições derivam de estimativas que combinam consumo registrado (venda/produção) e estimativas de consumo não registrado (produções caseiras, contrabando etc.). Our World in Data+1

Observação sobre fontes e anos: as listas mais citadas usam dados centrados em 2019 (média 2017–2019) — a OMS atualiza periodicamente suas estimativas e pequenas variações anuais podem ocorrer. datadot

Padrões regionais

  • Europa: maior região em consumo per capita; bebidas destiladas e cerveja têm peso relevante em vários países europeus. Wikipedia

  • Américas: consumo médio da Região das Américas é superior à média mundial, com diferenças internas grandes (países da América do Sul variam bastante). Wikipedia

  • Ásia e África: em muitos países prevalece baixo consumo registrado por razões culturais, religiosas ou econômicas, embora o consumo não registrado possa ser relevante localmente. Our World in Data

A posição do Brasil — números e interpretação

Segundo várias fontes que consolidam dados nacionais e internacionais, o consumo per capita de álcool no Brasil tem ficado na faixa aproximada de 7,5 a 8,0 litros de álcool puro por pessoa (15+) por ano nas estimativas recentes (valores por volta de 2016–2020, dependendo da fonte e metodologia).

Esse nível é acima da média mundial (≈5–6 L) e da média regional global em alguns relatórios, mas distante do topo dos países que ultrapassam 11–12 litros anual.

Estudos acadêmicos brasileiros e bases internacionais concordam que o consumo entre "bebedores" é significativamente maior do que a média populacional, revelando padrões de consumo concentrados. Nature+2Macrotrends+2

Interpretação prática: o Brasil não figura entre os países com maior consumo per capita (aqueles com >11 L/ano, majoritariamente europeus ou alguns territórios específicos), mas tem indicadores que sinalizam uma prevalência relevante de consumo de risco em subgrupos da população — especialmente entre homens e faixas etárias jovens-adultas. PLOS+1

Por que existem essas diferenças entre países?

  1. Cultura e hábitos sociais: tradições de consumo (vinhos, destilados, cerveja) influenciam volumes per capita. Our World in Data

  2. Políticas públicas e tributação: preço, controle de disponibilidade e campanhas de prevenção reduzem consumo nocivo. datadot

  3. Dados registrados vs. não registrados: em alguns países consumo caseiro e contrabando elevam o consumo real além do registrado. Metodologias tentam ajustar isso, mas há incertezas. Wikipedia

  4. Diferenças demográficas e socioeconômicas: renda, idade e gênero alteram padrões de consumo. Nature

Consequências para saúde e políticas públicas

O álcool está associado a uma variedade de problemas de saúde (doenças hepáticas, certos tipos de câncer, violência, acidentes de trânsito) e a custos sociais e econômicos.

Países com altos níveis de consumo tipicamente combinam políticas de redução de danos (taxação, restrição de publicidade, limites de idade e de disponibilidade) com serviços de tratamento e campanhas de prevenção. A OMS recomenda estratégias integradas para reduzir consumo nocivo. datadot

Recomendações resumidas (relevantes para o Brasil)

  • Fortalecer políticas fiscais que aumentem preços reais do álcool. datadot

  • Campanhas de prevenção dirigidas a jovens e grupos de maior risco. Nature

  • Melhoria da coleta de dados e monitoramento (para captar consumo não registrado e padrões por subgrupos). Wikipedia

Fonte e metodologia

Este artigo baseou-se em bases e relatórios internacionais consolidados (OMS — indicadores de consumo per capita; Our World in Data — visualizações e análises derivadas da OMS), compilações comparativas como a CIA World Factbook e estudos acadêmicos nacionais que analisam padrões brasileiros.

As estimativas podem variar conforme o período e a metodologia (registro vs. estimativa de não registrado). Nature+3datadot+3Our World in Data+3

Cláudio Albano

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