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Enquanto as festas de fim de ano, como Natal e Réveillon, são para muitos sinônimo de alegria e confraternização, os fogos de artifício com estampido representam um cenário de sofrimento para animais e pessoas sensíveis.
Os estrondos que iluminam os céus podem trazer consequências graves, incluindo ferimentos, traumas e até mortes.
Impacto nos Animais
O alcance auditivo dos animais é muito superior ao dos humanos, tornando-os especialmente vulneráveis ao barulho dos fogos. Cães, por exemplo, podem ouvir sons quatro vezes mais distantes e em frequências mais altas. Incapazes de entender a origem do som, muitos entram em pânico, latem, choram ou tentam fugir, colocando-se em risco.
Gatos, por sua vez, costumam se esconder, mas podem sofrer alterações comportamentais preocupantes, como recusa de alimentação ou episódios de agressividade. As aves são particularmente afetadas: o barulho pode causar ataques cardíacos, desorientação de voo e até colisões fatais com árvores e outros obstáculos.
Em áreas rurais, o desespero de cavalos, bovinos e galinhas diante dos estampidos pode levar a ferimentos graves e óbitos. Esses animais, em pânico, frequentemente se machucam ao tentar fugir de forma desordenada.
Riscos para Pessoas Sensíveis
O impacto dos fogos de artifício também afeta crianças autistas, que podem experimentar sobrecarga sensorial causada pelos sons altos e luzes intensas. O barulho estrondoso e imprevisível provoca estresse, ansiedade e reações adversas, tornando as celebrações algo extremamente perturbador.
Uma Reflexão Necessária
Com tantas alternativas no mercado, como fogos silenciosos e espetáculos de luzes, a pergunta que se impõe é: vale a pena comprometer o bem-estar de tantos seres vivos para manter uma tradição?
Adotar práticas mais seguras e inclusivas é um passo fundamental para que as festas possam ser celebradas por todos, sem sofrimento ou riscos desnecessários. Afinal, a verdadeira alegria deve ser compartilhada, respeitando tanto a vida humana quanto a animal.
Redação Guia São Miguel
